terça-feira, 8 de junho de 2010

O Profeta e os Peixes

Imagine que você está em um campo de pesca, sentado, vara lançada à água. Entra então um homem vestido de túnica branca, corda amarrada na cintura, barba alva, crespa, longa, a indumentária de um profeta. Ele chega à frente do mar, invoca as forças da natureza e um peixe salta em direção a uma rede que traz consigo. Faz isso uma vez e outra vez. O que você faz? Como você reage?

Ao que parece, a tendência de reação é o puro fascínio. Como se vê nessa pegadinha do Sílvio Santos:


O interessante é que todos só permanecem estáticos no fascínio, no choque. Nenhum deles se move, se levanta para checar o que há naquele lado de mar, nenhum deles faz menção de seguir o personagem, ir escondido ver quem, o que, se é uma armação, todos se aquietam e começam a criar fantasias. O último dos homens do vídeo já usa uma série de referências: profeta, mago... de tal modo que seria engraçado se, no final, o funcionário do programa não lhe dissesse que se tratava de uma câmera escondida. Esse homem contaria à família o que viu, aos amigos, se convenceria de uma série de histórias ou, até mesmo, no pior dos casos, criaria uma religião.

O que você faria na mesma situação?

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